As principais mudanças da nova versão da NBR 5419

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Os raios sempre foram fator de risco para a segurança das estruturas, pessoas, instalações elétricas e equipamentos por elas servidos. A proteção contra seus efeitos diretos e indiretos é assunto recorrente e obrigatório tanto do ponto de vista legal quanto patrimonial.
Como se sabe, as normas técnicas são documentos que visam fornecer os requisitos mínimos essenciais para garantir o funcionamento e a operação adequados e seguros tanto de um produto específico quanto de uma instalação elétrica como um todo.
Desde o final de 2005 o texto da NBR 5419 vem sendo revisado com o objetivo de aprimorar a proteção contra descargas atmosféricas. Esse trabalho resultou num texto bastante completo e que aborda muitos assuntos, até então, inexistentes em normas nacionais.
A NBR 5419:2015 traz quatro cadernos e mais de trezentas páginas, fruto da compilação de várias normas relacionadas ao assunto proteção contra descargas atmosféricas e proteção de ambientes e equipamentos contra os efeitos diretos e indiretos dos raios.
Confira as principais mudanças da Norma ABNT NBR-5419:2005 para a ABNT NBR-5419:2015

  • O anexo B da norma de 2005, (análise de necessidade de proteção), na norma 2015 passou a ser chamado de Análise de Risco, onde, além dos fatores de ponderação existentes, novos fatores de risco para a edificação que até então não eram analisados passaram a ser observados com mais rigor. Neste anexo agora são definidos: o nível de proteção  e quais medidas complementares deverão ser tomadas para garantir uma proteção eficiente a edificação, pessoas e instalações.
  • Os métodos de proteção não foram alterados, continuando a serem usados os métodos dos Ângulos (Franklin), Modelo Eletrogeométrico e o Método das Malhas. As maiores mudanças ficaram por conta do Método dos Ângulos, com o aumento significativo do alcance de pequenos captores, particularmente até 2 metros. O Método das Malhas teve seus meshs (reticulados) reduzidos para: classe 1 = 5x5m; classe 2 = 10x10m; classe 3 = 15x15m e classe 4 = 20x20m. Também o espaçamento das descidas e dos anéis horizontais passaram a ser: classe 1 = 10m; classe 2 = 10m; classe 3 = 15m e classe 4 = 20x20m. O Método Eletrogeométrico permaneceu inalterado na nova norma NBR5419:2015.
  • O gráfico de comprimento mínimo de eletrodo enterrado versus resistividade do solo, agora foi ampliado também para nível 2 de proteção pois antes só havia relação direta entre os 2 parâmetros no nível 1 conforme a nova norma NBR5419:2015.
  • A tabela de condutores de captação, descidas e aterramento foi aprimorada com novos materiais (aço cobreado, alumínio cobreado), e algumas dimensões mínimas e tolerâncias foram estabelecidas, aumentando desta forma as possibilidades do projeto.
  • Os testes de continuidade das estruturas de concreto armado foram normalizados em duas etapas com melhor detalhamento dos seus procedimentos, trazendo mais segurança para o sistema com a nova norma NBR5419:2015.
  • A medição da resistência ôhmica do aterramento do SPDA, bem como o anterior valor sugerido de 10 ohms foram suprimidos da norma.
  • O arranjo A (aterramento pontual) foi retirado da norma, permanecendo apenas o arranjo B (em anel) circundando a edificação e interligando todas as descidas. Este anel deve estar, no mínimo, 80% em contato com o solo conforme a nova norma NBR5419:2015.

Fonte

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